Origem


Ailurismo
Praticantes: Ailuristas
Cultuam o equilíbrio entre a sorte e o azar, a luz e a sombra. O gato branco (Ailuria) guia, e o gato preto (Zynara) testa.
Origem
Mito da Criação Felina e a Origem das Deusas
Antes de Tudo: O Silêncio de Luar
No princípio, a Terra era apenas poeira adormecida sob o manto da noite eterna.
Não havia som, nem luz, nem forma. Havia apenas o Silêncio de Luar — uma consciência sem corpo, que ronronava o cosmos em seu sono infinito.
O Primeiro Ronron
Do centro desse silêncio nasceu o primeiro som: um ronronar suave, pulsante, como o coração de algo novo. Esse som deu origem à Luz de Ailuria, uma deusa branca feita de névoa brilhante e estrela líquida.
Onde Ailuria passava, a vida florescia em espirais felinas — plantas, águas, corpos macios, calor.
Mas o ronronar era dual, e onde há luz, há sempre sombra.
O Primeiro Arranhão
A Luz de Ailuria projetou involuntariamente sua própria sombra.
Dessa rachadura no som puro nasceu Zynara, a deusa negra, de olhos ardentes e garras feitas de ausência.
Zynara não era maligna — mas era a consciência do mistério, da sorte instável, da noite sem resposta.
As duas irmãs caminharam o mundo recém-criado, modelando os Primeiros Gatos Eternos, seres feitos à sua semelhança.
A Criação da Raça Humana
Um dia, Ailuria salvou um grupo de criaturas frágeis, de pele nua e sem garras — os humanos — de uma tempestade espiritual enviada por Zynara para testar os vivos.
Ailuria ensinou os humanos a ouvir os gatos, a respeitá-los, a copiar seus hábitos sagrados: o descanso ritual, a limpeza espiritual, a paciência da caça.
Zynara, observando isso, não puniu… mas revelou aos humanos o preço da ignorância, criando o conceito de azar — uma consequência de se afastar da vibração felina.
O Reino Esquecido
Os humanos que seguiram as deusas criaram uma cidade isolada e elevada, chamada Miur'Tah, onde os templos ronronavam à noite e o tempo seguia o miado das estrelas.
Lá, os primeiros livros sagrados foram escritos: o Livro das Garras, a Canção de Luar, e o Ritual do Sopro de Estrela.
Durante séculos, o reino viveu em paz… até ser engolido por uma nuvem negra — um castigo ou bênção, ninguém sabe.
Apenas fragmentos do saber sobreviveram, e os descendentes do povo ailurista escondem-se ou vivem entre os humanos modernos, esperando o retorno das deusas.